AS PEQUENAS OFICINAS TÊM A MAIS VALIA DE AS PESSOAS PODEREM ENTRAR E ACOMPANHAR A PRODUÇÃO.

‘‘Cristina Pina frequenta a área de cerâmica na Escola Artística António Arroio a que se seguiu a pintura de azulejo na Azularte, uma oficina em Benfica.
A partir daí decide fazer formação na área: vai para o Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, fazer desenho e mais tarde fez um curso de Conservação e Restauro de Azulejos no Museu Nacional do Azulejo.
Já há muito tempo que vinha para Lisboa para fazer entregas, e conhecia bem a zona de São Vicente. Quando encontra o espaço ideal decide arriscar.
Até abrir o seu ateliê, passa por diversas oficinas de cerâmica e está a trabalhar na área desde 1984. Entre os seus trabalhos mais relevantes encontra-se o Restauro dos azulejos do Claustro da Sé do Porto, o Restauro da Igreja de Almancil, no Algarve, e o Restauro da igreja do Convento de Santa Mónica, em Goa, na Índia.
Os seus clientes são neste momento sobretudo turistas, estrangeiros que compram casa em Lisboa, portugueses que compraram casa para alugar a estrangeiros e as lojas dos museus.
Dá grande importância à localização das oficinas de Artes e Ofícios no centro da cidade pois para as pequenas oficinas, especialmente se têm a porta aberta, é uma grande mais valia partilhar com as pessoas os processos e modos de produção manual.
Muita gente visita diariamente a oficina para se informar sobre cursos, workshops e ou à procura de trabalho. Há também muitos jovens que vêm de outras áreas a querer trabalhar em Cerâmica.
Qualquer pessoa que entre no ateliê tem de aprender as diversas etapas do trabalho.’’